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A verdade sobre o tarifaço de Trump, segundo um Nobel de Economia
Medidas do governo dos EUA podem destruir cadeias produtivas e abalar a economia; economista desmonta os mitos sobre o déficit comercial
As novas tarifas impostas pelo governo Trump sobre produtos importados de países de todo mundo provocaram uma guerra comercial, agitaram os mercados globais e continuam alimentando preocupações generalizadas sobre a perspectiva de uma recessão nos EUA que pode se estender por outras partes do planeta.
Em entrevista concedida a Mehdi Hasan em uma live no Substack, o economista Paul Krugman analisa as medidas tomadas pelo republicano. E não poupa críticas ao que ele considera ser "insano".
Vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2008 por suas contribuições à teoria do comércio internacional e geografia econômica, Krugman, quando se refere à queda global das ações, lembra que "o mercado de ações não é a economia". Mesmo assim, é impossível ignorá-lo, especialmente com "essas oscilações loucas", segundo ele. "Mas a questão é que ele [mercado] é um sintoma de algo mais importante: mesmo que não entremos em recessão, vamos ver um ano muito ruim para a economia'.
O doutor em Economia pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) destaca que essa é realmente a primeira vez na história que um presidente causa uma crise econômica. Outros erraram ou foram ineficazes em responder a cenários de crise, como Herbert Hoover, durante a Grande Depressão — mas ele não foi o causador. "Você pode citar vários exemplos, mas nunca tivemos uma economia indo razoavelmente bem e, de repente, vem alguém como Donald Trump e decide colocar em prática sua obsessão por tarifas."
"Estávamos com um crescimento sólido, 4% de desemprego, inflação entre 2% e 2,5%. Estava tudo bem. E nada aconteceu. Não houve um choque externo, como costumamos dizer na profissão. Foi só essa obsessão com tarifas."
As mentiras sobre as tarifas
Krugman destaca que as justificativas de Trump que fundamentam o aumento das tarifas não são reais.
"Ele [Trump] disse que, se temos um déficit comercial com um país, estamos perdendo. Mas, veja: você nem espera que o comércio seja equilibrado, nem em um ano específico, nem ao longo de um período. Há fluxos internacionais de dinheiro e investimentos", pontua.
O economista menciona o exemplo da relação dos Estados Unidos com o Canadá. O déficit vem principalmente de petróleo e eletricidade gerada por hidrelétricas, pontua, afirmando que isso se dá justamente porque é mais vantajoso (e barato) para os EUA comprarem energia do país vizinho.
"Pense assim: eu tenho um déficit comercial com o mercado da esquina. Compro coisas lá, mas não vendo nada pra eles.
E tenho um superávit com meus alunos — eles pagam mensalidade que vem pra mim, e eu não compro nada deles", exemplifica.
"Então, por que os países, individualmente, deveriam ter comércio equilibrado? Isso é loucura."
Isolamento comercial
Na análise do economista, a postura do governo Trump vai levar os Estados Unidos a um isolamento no plano internacional em um mundo interconectado.
"Temos uma economia global, e os EUA fazem parte dela. Queiram ou não, nossa economia foi construída com base em relações comerciais muito intensas, especialmente com Canadá e México, mas também com muitos outros países. É como se estivéssemos minando nossos próprios portos e bloqueando os aeroportos. Estamos nos isolando do comércio internacional", pondera.
O contexto atual, segundo ele, não permite um "cavalo de pau" como este ensaiado pelo presidente republicano. "Se tivéssemos 15 anos, poderíamos reconstruir a economia para não depender do comércio internacional", afirma.
Incerteza
A imprevisibilidade da gestão do republicano é outro fator que afeta os negócios e os investimentos, fazendo crescer a sombra da recessão sobre os EUA. "E a incerteza paralisa os negócios. Vale a pena investir numa fábrica de componentes no México se pode haver tarifa de 25%? Vale a pena expandir a produção nos EUA se as tarifas podem cair depois?", questiona Krugman.
"Então ninguém faz nada. É por isso que uma recessão agora é mais provável. É insano. Seria melhor se Trump ao menos se decidisse por tarifas desastrosas fixas — porque a incerteza de tarifas desastrosas que podem ou não acontecer é ainda pior", avalia.
Rompimento com aliados
Para o Nobel de Economia, a ruptura com aliados históricos dos EUA também é um fator que abala a estrutura econômica do país.
"Estou pensando nos europeus e nos canadenses. Nós, americanos, temos um problema: não acreditamos que outros países sejam reais. Não conseguimos imaginar que eles têm suas próprias políticas, seu próprio orgulho nacional, seu patriotismo. Mas eles têm", pontua.
E o mundo não vai assistir parado às medidas de Trump. "Haverá uma enorme reação. Você está vendo os comentários de Mark Carney, de Keir Starmer. São políticos centristas, pró-EUA, dos nossos aliados mais próximos — Reino Unido, Canadá — dizendo que o mundo mudou. Não é mais o mesmo de ontem. Precisamos pensar sem os Estados Unidos. Qualquer um que ache que isso não está acontecendo está em negação."
"Você pode fazer tudo isso — tarifas bilaterais — e sim, é concebível. Se você aumentar as tarifas o suficiente, sim, você vai paralisar o comércio mundial. E se não houver comércio, então não há déficit comercial. Mas o custo é enorme. A ideia de que isso vai beneficiar os EUA é uma loucura", diz.
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